A AHF pede urgentemente aos países latino-americanos que tomem medidas e ações unificadas para deter a pandemia da COVID-19
Terça-feira 28 de julho de 2020
SÃO PAULO (29 de julho de 2020) – A América Latina e o Caribe continuam sendo o epicentro da pandemia de COVID-19, com 4.039.553 casos confirmados e 169.880 mortes em 22 de julho, tornando-se a segunda região mais afetada do mundo, depois dos Estados Unidos.
A AIDS Healthcare Foundation (AHF), maior organização mundial de combate à AIDS, fornece atualmente assistência e/ou serviços médicos a mais de 1,4 milhão de pessoas em 45 países, incluindo Brasil, Estados Unidos e países da África, América Latina e Caribe, região Ásia-Pacífico e Europa. Por mais de 30 anos, a missão da AHF tem sido fornecer “assistência médica de ponta e advocacy, independentemente da capacidade de pagamento das pessoas”.
Como uma organização global cujos programas de HIV e clínicas de saúde têm sido diretamente afetados ao longo dos anos por outras epidemias que têm impactado a população mundial, a exemplo do Ebola, Zika, SARS e agora a COVID-19, estamos profundamente alarmados com a falta de coordenação entre os países, as diferenças na comunicação e a ausência de um plano unificado de resposta de emergência à COVID-19 para a América Latina.
Por essas razões, instamos os países latino-americanos a adotarem rápida e efetivamente uma estratégia de resposta à COVID-19, baseada em critérios unificados e em evidências científicas, a fim de deter o crescimento contínuo e descontrolado de novos casos e mortes pelo novo coronavírus, que se intensificaram desde o início de junho de 2020. São necessárias medidas urgentes para proteger a segurança da saúde pública regional, respeitando os direitos humanos fundamentais à vida e à saúde de todas as pessoas na América Latina, independentemente de idade, sexo, origem étnica ou status socioeconômico.
Não há mais tempo a perder! Estamos à beira de uma catástrofe que terá consequências geracionais para as pessoas e países de nossa região. Qualquer interesse político deve ser subordinado ao interesse maior, que é preservar e salvar o maior número possível de vidas. As medidas mais imediatas devem ser direcionadas para garantir o apoio dos governos no fornecimento de alimentos e suprimentos para o controle de infecções pelo novo coronavírus, como máscaras de proteção, para as populações mais vulneráveis.
Até que vacinas e/ou tratamentos eficazes estejam disponíveis e acessíveis a toda a população, a AHF insiste que os governos dos países latino-americanos devem implementar um plano unificado de resgate para agir na crise da COVID 19, baseado em evidências científicas que incluem as seguintes prioridades:
- Retomar as atividades econômicas de forma planejada e estratégica, baseada em evidências científicas, com métricas confiáveis que forneçam informações precisas para a tomada de decisões em tempo hábil e que contribuam para recalibrar permanentemente o caminho e proteger a saúde pública;
- Implementar um plano de preparação e resposta para limitar a perda de vidas devido a novos surtos;
- Implementar uma estrutura de resposta com critérios, procedimentos e informações unificadas e coordenadas para a região, que evite a disseminação de mensagens contraditórias e confusas;
- Ampliar o acesso aos testes PCR para o diagnóstico oportuno de casos ativos de COVID-19;
- Implementar sistemática e metodicamente a busca de casos, rastreamento de contatos, medidas de isolamento e manter a rastreabilidade de casos positivos para estabelecer contatos próximos;
- Assegurar acesso universal e gratuito aos cuidados de saúde para todos os afetados, assim como tratamento e vacinas, quando disponíveis;
- Promover o uso correto das máscaras de proteção entre a população em geral;
- Comunicar à população, de maneira clara e acessível, os cuidados pessoais que devem adaptar para evitar infecções, dependendo de sua atividade, nível de risco, exposição e comorbidades;
- Diante de uma crise econômica sem precedentes, combater a fome e fornecer ajuda alimentar aos grupos mais vulneráveis;
- Implementar medidas para preservar o progresso feito no controle do HIV, tuberculose, malária, dengue, cólera e outras doenças infecciosas transmissíveis;
- Garantir o acesso e disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI) para trabalhadores da saúde, treinamento adequado em seu uso e acesso aos testes de diagnóstico que eles requerem;
- Promover a conscientização da sociedade para prevenir o estigma e a discriminação contra trabalhadores da saúde, pessoas infectadas com COVID-19 e aqueles que se recuperaram.
O HIV/AIDS nos ensinou que, para deter a pandemia da COVID-19, precisamos de uma estratégia de resposta coordenada, envolvendo uma ampla gama de instituições e programas sociais, além do atendimento médico.
A AHF também convida a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a aderir a este chamado para instar os governos a tomarem medidas unificadas e eficientes para combater a pandemia COVID-19 e mitigar seu grave impacto na América Latina.
Devemos prestar atenção às lições aprendidas com a pandemia de HIV/AIDS nos últimos 30 anos: detecção precoce, prevenção, conscientização da sociedade, cuidados para os mais vulneráveis e uma abordagem integrada dos cuidados devem ser combinadas com uma ação decisiva e unificada em toda a região para o benefício de todas as pessoas na América Latina.
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Comunicações AHF
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Sobre a AIDS Healthcare Foundation (AHF)
A AHF, maior organização mundial de combate à AIDS, fornece atualmente assistência e/ou serviços médicos a mais de 1,4 milhão de pessoas em 45 países, incluindo Brasil, Estados Unidos e países da África, América Latina e Caribe, região Ásia-Pacífico e Europa. Para mais informações, visite nossa página (www.aidshalth.org) e siga-nos nas redes: Facebook (@aidshealth), Twitter (@aidshealthcare) e Instagram (@aidshealthcare). Brasil: site (www.testedehivgratis.com.br) e redes: Facebook (@BrasilAHF), Twitter (@brasil_ahf) e Instagram (@ahf.brasil).