Taxa de vacinação contra HPV está bem abaixo da meta no país

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Rodrigo Hilario

HPV é a sigla em inglês para papiloma vírus humano, que infecta a pele e as mucosas e é transmitido por via sexual. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, mas apenas duas variantes são responsáveis por sete em cada dez casos de câncer do colo do útero.

A doença matou mais de 6 mil mulheres no país em 2020. O HPV também pode causar outros tipos de câncer, como de boca, de orofaringe e dos órgãos sexuais de homens e mulheres. O vírus HPV é uma das maiores causas do câncer de colo de útero. Para evitar esse risco, existe uma vacina, mas um contingente enorme de crianças e adolescentes não se protege.

O esquema com duas doses da vacina contra o HPV – com um intervalo de seis meses – oferece 98% de proteção e deve ser feito antes que a pessoa tenha contato com o HPV, ou seja, antes do início da vida sexual. Por isso, a imunização é indicada para meninas de 9 a 14 anos de idade e meninos entre 11 e 14 anos.

A coordenadora de prevenção do Inca alerta para a evolução do HPV.

Essa infecção pode se tornar persistente e a presença desse vírus no nosso organismo pode induzir uma mutação nas nossas células. E essas células uma vez mutadas podem se proliferar e formar um tumor. Como é que a gente pode deter? Vacinando as pessoas contra a infecção pelo vírus do HPV, explica Liz Maria de Almeida.

A vacina contra o HPV foi incluída no Plano Nacional de Imunizações em 2014. Nesse primeiro momento, era oferecida só para as meninas. Desde 2017, os meninos também entraram para o público alvo da imunização contra o vírus, isso porque eles podem transmitir o HPV. Mas, segundo o Ministério da Saúde, a procura pela vacinação de meninos sempre ficou bem abaixo do esperado e piorou com a pandemia.

A taxa de vacinação de meninos com a primeira dose caiu de 57,9% para 55,5% de 2020 para 2021. Já a da segunda dose ficou praticamente estável, em um percentual muito baixo: 36%. Sem essa dose, a proteção não é completa.

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