Pesquisar
Close this search box.

“Nós vivemos a pandemia ainda!”, diz Beto de Jesus após Ministro da Saúde anunciar fim da pandemia de Covid-19 no Brasil

Picture of Rodrigo Hilario
Rodrigo Hilario

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou no último domingo (17) que o governo irá publicar nos próximos dias um ato normativo colocando fim na emergência sanitária provocada pela Covid-19.

“Graças à melhora do cenário epidemiológico, a ampla cobertura vacinal da população e a capacidade de assistência do SUS, temos hoje condições de anunciar o fim da emergência de saúde pública de importância nacional, a Espin. Nos próximos dias será editado um ato normativo disciplinando essa decisão”, disse o ministro, em pronunciamento.

À Agência Aids, o diretor da AHF Brasil, Beto de Jesus, disse que, a pandemia pode estar arrefecida, mas ainda não terminou.

O governo Bolsonaro é responsável pela morte de mais de 650 mil pessoas, também é responsável por todo atraso que a gente está tendo nas escolas e na vida dos estudantes, em especial dos mais carentes que não tiveram acesso a internet. Esse foi um governo que viveu em cima da morte, foi um governo que deu continência para morte. Para mim, não vai ser por decreto que a situação de emergência da pandemia vai terminar. Nós vivemos a pandemia ainda! Agora qual é a questão? A questão é que vai ser necessário novamente colocar uma cortina de fumaça para que a gente só consiga ver um futuro sem pandemia e esquecer de quem foi a responsabilidade das mortes, porque ele só enxerga as eleições de outubro.” diz Beto.

Para Beto de Jesus, o Brasil deveria intensificar as campanhas de vacinação, incentivando, principalmente, as pessoas que não se vacinaram.

E muitas pessoas não tomaram a vacina, não por uma questão ideológica mas sim, por uma questão de desinformação. Essa foi a pandemia com o maior índice de fake news e desinformações promovido pelo próprio governo e pelo próprio ministério da saúde. É uma vergonha quando a gente olha para outros países como China e Reino Unido, a gente percebe a necessidade desses países em retomar questões de vigilância sanitária porque a pandemia voltou a crescer, já que fizeram exatamente o que o nosso governo está querendo fazer agora”, complementa Beto de Jesus, diretor da AHF Brasil.

Leia o texto completo aqui.