A África subsaariana tem feito progresso constante na distribuição de medicamentos que salvam vidas para adultos, mas os pacientes jovens são mais difíceis de alcançar
As histórias que as mães contam quando se reúnem no Centro de Saúde de Awendo, no Oeste do Quênia, são um catálogo de pequenos fracassos, oportunidades perdidas e consequências devastadoras. O que une as cerca de duas dezenas de mulheres que se reúnem periodicamente, em bancos de madeira de um ambulatório vazio ou debaixo de uma árvore no pátio, são seus filhos: todos têm HIV.
Já se passaram duas décadas desde que os esforços para prevenir a transmissão do HIV, o vírus que causa a Aids, de mãe para filho durante a gravidez e o parto começaram para valer na África subsaariana. No entanto, cerca de 130 mil bebês ainda são infectados a cada ano por causa de problemas logísticos, como falta de medicamentos, e outros mais perniciosos, como o estigma que faz com que as mulheres tenham medo de fazer exames ou tratamento.
Estima-se que 99 mil crianças na África subsaariana morreram de causas relacionadas à Aids em 2021, o último ano para o qual há dados. Outros 2,4 milhões de crianças e adolescentes na região vivem com o vírus, mas pouco mais da metade foi diagnosticado. A Aids é a principal causa de mortalidade de adolescentes em 12 países da África Oriental e Meridional.
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