Gays, lésbicas e bissexuais no Brasil têm, em média, três vezes mais chance de serem vítimas de violência física que a população heterossexual. O retrato é parte de um estudo inédito de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a partir de microdados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O trabalho foi pré-publicado pela Revista Brasileira de Epidemiologia e antecipado com exclusividade ao Valor.
A distância entre a incidência de casos entre pessoas LGB+ e pessoas heterossexuais é ainda maior nos casos de violência sexual. Nas pessoas LGB+, 4,86% indicaram terem sido vítimas no período de 12 meses antes de participarem da pesquisa, ante 0,68% dos heterossexuais. Neste caso, a possibilidade de pessoas LGB+ passarem por uma situação de violência sexual é quase cinco vezes maior que a de heterossexuais.
Para a pesquisadora, o resultado reforça a importância de formulação de políticas públicas integradas para reduzir a violência contra a população LGB+. As iniciativas, destaca, passam pelas áreas de educação, saúde e também uma atuação mais incisiva sobre os crimes praticados.
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