Quase dois anos depois de pronunciar a palavra pandemia pela primeira vez ao falar da Covid-19, causando espanto no mundo inteiro sobre a gravidade da crise sanitária causada pelo coronavírus, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus afirmou, nessa quarta-feira (9), que ela “está longe de acabar”.
“Nesta sexta-feira (11) fará dois anos desde que dissemos que a propagação da Covid-19 no mundo poderia ser descrita como uma pandemia”, afirmou Ghebreyesus, em uma conferência de imprensa virtual, em Genebra. Embora a OMS tenha indicado, já há algum tempo, que o número de infecções e mortes está diminuindo, “esta pandemia está longe de terminar e não terminará em lugar algum se não conseguirmos combatê-la em todos os lugares”, enfatizou.
Embora globalmente o número de novas infecções e mortes tenha caído 5% e 8%, respectivamente, de acordo com o relatório epidemiológico publicado semanalmente, a OMS observou um crescimento muito forte na região do Pacífico Ocidental. “O vírus continua evoluindo e ainda enfrentando grandes obstáculos para levar vacinas, testes e tratamentos onde quer que sejam necessários”, insistiu Ghebreyesus.
Conforme alertou o diretor da OMS, mais de seis milhões de mortes relacionadas à Covid-19 foram oficialmente registradas no mundo, desde o início da pandemia, em 2020, segundo uma contagem da AFP feita nesta terça-feira (8), a partir de balanços oficiais.
Este balanço, que leva em conta os óbitos registados pelas autoridades nacionais de saúde, representa apenas uma parte das mortes ligadas à Covid-19. A Organização Mundial da Saúde estima que se for considerada a mortalidade direta e indiretamente relacionada à Covid-19, o balanço da pandemia pode ser duas a três vezes superior ao registrado oficialmente.
Leia o texto completo aqui.