Pacientes com contraindicação aos tratamentos até então ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS) para hepatite B irão se beneficiar com um novo medicamento. O Ministério da Saúde incorporou ao rol de alternativas terapêuticas o tenofovir alafenamida (TAF), que configura a terceira linha de tratamento da doença para pessoas em que o uso de tenofovir convencional e entecavir não for possível.
A incorporação ocorreu visto que, para alguns pacientes específicos, o TAF se mostrou mais seguro que o entecavir em relação a resistência viral após o uso prévio de lamivudina e, em situações bastante específicas, se mostra como opção mais segura referente a disfunções ósseas e renais, quando comparado ao fumarato de tenofovir desoproxila (TDF), um medicamento antirretroviral e antiviral usado para hepatite B, Delta e também para o tratamento da HIV/Aids no Brasil.
Por isso, a partir de agora, pacientes que já fazem tratamento para hepatite B e apresentarem condições clínicas, como contraindicação no uso dos medicamentos existentes para hepatite B, poderão se beneficiar com o uso da nova opção de medicamento.
A previsão é de que, durante os meses de março e abril deste ano, o Ministério da Saúde distribua mais de 1 milhão de comprimidos do novo medicamento para todo Brasil. O investimento anual para oferta desse novo medicamento está estimado em mais de R$ 18 milhões.
O tenofovir alafenamida (TAF) foi recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), responsável pela incorporação de tratamentos, tecnologias e insumos no SUS.