Informações falsas estão relacionando a doença ao grupo LGBTQIA+.
A Mpox é considerada uma infecção viral que não está associada a um grupo específico de pessoas. Ela se espalha entre indivíduos, principalmente por meio de contato próximo e, ocasionalmente, pelo ambiente, através de objetos e superfícies que foram tocados por uma pessoa infectada, ou ainda pelo contato próximo ou íntimo com alguém que apresente sintomas.
Em 2022, durante o surto mundial, o vírus se espalhou principalmente pelo contato sexual. Embora o vírus vivo tenha sido isolado no sêmen, ainda não é possível determinar até que ponto a infecção pode ser transmitida por meio do sêmen e fluidos vaginais. Portanto, podemos afirmar que a Mpox não é uma infecção sexualmente transmissível (IST).
Formas de transmissão
A Mpox é transmitida aos seres humanos por meio de contato com pessoas infectadas, através de interações próximas e prolongadas, como abraços, beijos ou relações sexuais. Além disso, o compartilhamento de objetos recentemente contaminados com fluidos do paciente ou materiais provenientes de lesões também pode transmitir a doença.
Suspeita de Mpox
As pessoas que apresentarem sintomas da doença, como bolhas, feridas, ínguas, febre, dores no corpo, calafrios e fraqueza, devem procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. É recomendado que, em casos suspeitos, a pessoa evite contato e o compartilhamento de objetos com outros indivíduos enquanto estiver apresentando algum sintoma.
Ocorrências no Brasil
Nos primeiros nove meses deste ano, o país contabilizou cerca de 1.015 casos confirmados ou prováveis de Mpox. Esses dados superam os registrados em 2022, quando foram contabilizados 853 casos ao longo de todo o ano. No entanto, há 426 casos suspeitos da doença. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde em um informe semanal. De acordo com os últimos dados, o perfil dos casos confirmados e prováveis de Mpox no Brasil é predominantemente masculino, com 956 casos na faixa etária de 18 a 39 anos. Até o momento, não há registros de casos da nova variante no Brasil.
Ações contra a doença
O combate à doença é uma prioridade do Ministério da Saúde. A pasta instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à Mpox, monitorando a evolução da doença no país e divulgando recomendações e ações necessárias no combate à infecção.
Combate à desinformação
É importante ressaltar que a Mpox não é uma doença exclusiva de pessoas LGBTQIA+ e não é um efeito colateral das vacinas contra a Covid-19. Portanto, precisamos compartilhar informações corretas com amigos e familiares para combater o preconceito que vem sendo direcionado ao grupo LGBTQIA+. Sempre verifique as fontes de todo conteúdo sobre saúde que receber e procure informações em sites oficiais.
Com base em informações do Ministério da Saúde, Anvisa e OPAS.