Campanha conscientiza sobre a doença, que terceiro tumor mais comum entre mulheres e pessoas com vagina no Brasil
O câncer de colo útero é um dos mais comuns entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas dos tumores de mama e colorretal. É também a quarta causa de morte na população feminina no país. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 600 mil novos casos de câncer no Brasil em 2025. Desses, aproximadamente 17 mil serão de colo do útero.
Com a campanha Março Lilás, o Ministério da Saúde pretende reduzir este número e conscientizar as mulheres sobre as principais formas de cuidados, além de alertá-las sobre os sintomas iniciais da doença, formas de prevenção, acompanhamento ambulatorial e exames diagnósticos até os procedimentos de cirurgia, quimio e radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS).
O câncer do colo do útero é provocado pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano, o HPV, uma infecção muito frequente que, na maioria das vezes, não causa câncer. Porém, como é transmitido sexualmente, o HPV pode causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus, evoluindo para câncer em alguns casos. “Por isso, é importante que mulheres e pessoas com vagina façam exames preventivos periodicamente, pois o câncer de colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial”, alerta Beto de Jesus, diretor da AHF Brasil.
A principal forma de prevenção do HPV é a vacina, disponível nas Unidades de Saúde da Família para meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, homens e mulheres imunossuprimidos de 9 a 45 anos que vivem com HIV/aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos. O imunizante pode prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.
Outra forma de prevenir a doença é diminuir o risco de contágio pelo HPV, usando preservativos em todas as relações sexuais. Além disso, o exame preventivo deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer.
Beto de Jesus lembra que outra forma de prevenção é a combinada, uma estratégia que associa diferentes métodos de prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). O objetivo principal é prevenir novas infecções pelo HIV, hepatites virais, sífilis e outras IST. Para saber mais sobre a estratégia de prevenção combinada, procure a unidade de saúde mais próxima da sua residência ou uma das clínicas da AHF BRasil, no Recife e em São Paulo. Os endereços e o horário de funcionamento estão aqui.
Com informações do Ministério da Saúde. Mais informações em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hpv