As doenças sexualmente transmissíveis entre idosos têm preocupado os profissionais da área da saúde
Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de 4-5% da população com mais de 65 anos sofre de alguma doença sexualmente transmissível. No entanto, acredita-se que esses números não refletem a realidade, uma vez que muitos casos não são notificados.
Na maioria dos casos, o diagnóstico das doenças é feito apenas quando elas já estão em estágio avançado, o que pode reduzir significativamente as chances de recuperação ou controle da doença, além de aumentar o risco de infectar outras pessoas durante o período assintomático.
As infecções sexualmente transmissíveis são contraídas por meio do contato sexual, seja oral, vaginal ou anal, sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa infectada. Essas infecções podem ser causadas por vírus, bactérias ou fungos e podem ser temporárias, crônicas ou incuráveis.
É importante abordar o envelhecimento como um processo natural da vida, que traz consigo várias alterações físicas e psicológicas. No entanto, quando se trata da sexualidade em idosos, as práticas sexuais desse grupo muitas vezes são negligenciadas, o que contribui para o aumento das infecções sexualmente transmissíveis nessa faixa etária.
Segundo novos dados do Ministério da Saúde, houve um alarmante aumento de 129% no número de novos casos de HIV entre pessoas com mais de 50 anos, em comparação com os anos de 2007/2009 e 2019. Em 2007/2009, foram registrados 2.383 casos nessa população, enquanto em 2019, o número de casos aumentou para 5.469.
De acordo com Beto de Jesus, presidente da AHF Brasil, esse aumento nos casos ocorre devido ao aumento da expectativa de vida da população, o que possibilita uma vida sexual ativa por um período maior, e também devido a tabus e falta de conhecimento sobre métodos de prevenção e infecções sexualmente transmissíveis por parte das pessoas idosas, o que as torna mais vulneráveis às infecções.
A ampliação da vida sexual ativa entre os idosos é resultado dos avanços da ciência, que proporcionam o acesso a medicamentos que ajudam a fortalecer a vida sexual, como comprimidos para disfunção erétil, compostos por substâncias naturais estimulantes da libido.
Quando uma doença sexualmente transmissível é diagnosticada em um idoso, é fundamental que ele inicie o tratamento o mais rápido possível. No entanto, muitas pessoas reclamam dos efeitos colaterais e complicações clínicas decorrentes do tratamento. Por isso, é essencial investir em estratégias preventivas para evitar o desenvolvimento de doenças sexualmente transmissíveis nessa faixa etária, estimular a realização de exames periódicos regulares e incentivar o uso de preservativos, mesmo em relacionamentos estáveis.
– Então, fica a dica para uma vida sexual saudável: use preservativo combinado com outros métodos de prevenção e faça os testes de HIV e IST. Se o resultado for positivo, saiba que há tratamento disponível. Se tiver dúvidas, nossas clínicas podem te ajudar, sem estigmas ou preconceitos. E o atendimento é 100% gratuito! – afirma Beto de Jesus.
A AHF Brasil oferece testes gratuitos para HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, sem preconceitos ou julgamentos. Venha conhecer nossos espaços!
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