Chega de preconceito, o exame de próstata pode salvar sua vida

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Guilherme

Menos de 40% dos homens com mais de 50 anos realizaram exames de próstata no último ano, de acordo com uma pesquisa recente realizada em todo o Brasil. Os resultados revelam que 36% dos participantes nunca se submeteram a exames como toque retal, PSA ou ultrassonografia, essenciais para identificar nodulações e variações na forma e consistência da próstata. O estudo foi conduzido pela farmacêutica Apsen, em colaboração com as seccionais da Sociedade Brasileira de Urologia no Rio de Janeiro e em São Paulo. 

Outro dado relevante aponta que, apesar de 80% dos entrevistados afirmarem conhecer o exame de toque retal, somente metade deles já o realizou.

Uma pesquisa da The Lancet Commission estima que os casos de câncer de próstata podem aumentar de 1,4 milhão por ano, em 2020, para 2,9 milhões até 2040, especialmente em países de baixa e média renda. O câncer é um problema significativo de saúde pública em nível global. Entre 2023 e 2025, projeta-se que o Brasil registre 704 mil novos casos da doença, com o câncer de próstata destacando-se entre os mais frequentes, com 71.730 novos diagnósticos, resultando em um risco aproximado de 67,86 casos para cada 100 mil homens. Ele ocupa o segundo lugar em frequência entre os homens no país, superado apenas pelo câncer de pele não melanoma.

A idade é um fator de risco significativo, uma vez que a prevalência da doença é maior em indivíduos com mais de 60 anos. Outros fatores de risco incluem histórico familiar de câncer de próstata, sobrepeso, obesidade, tabagismo e exposição a produtos químicos. É importante esclarecer que a próstata não desempenha funções relacionadas à ereção ou ao orgasmo; sua principal função é produzir um líquido que integra o sêmen, nutrindo e protegendo os espermatozoides.

O câncer de próstata pode inicialmente não apresentar sintomas, por isso é crucial que os homens fiquem atentos a algumas mudanças, como dificuldade para urinar, lentidão no início e no término da micção, presença de sangue na urina, redução do fluxo urinário e necessidade de urinar mais vezes à noite. Caso seja diagnosticado, o tratamento pode ser realizado por meio de uma ou mais técnicas, que podem ser usadas isoladamente ou em combinação. A cirurgia é a principal abordagem, podendo ser complementada por radioterapia e terapia hormonal, dependendo das particularidades de cada caso.

Ao identificar alguma alteração, procure a unidade de saúde mais próxima para esclarecer suas dúvidas. Lembre-se: um susto é muito melhor do que perder a vida.

Com informações do Ministério da Saúde, The Lancet Commission, Farmacêutica Apsen e da ANS.