Carnaval: camisinha e outras formas de prevenção das IST

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Guilherme

O Carnaval, maior festa da cultura popular brasileira, é uma celebração da liberdade de corpos e vontades, mas também uma época que exige algumas responsabilidades, especialmente em relação à saúde. Um alerta importante é o risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis (IST) em transas eventuais, muitas das quais desprotegidas.

Para prevenir, a principal recomendação é usar preservativos em todas as relações sexuais. Veja abaixo algumas das infecções que podem se tornar mais frequentes nos dias de folia. Se surgirem alguns dos sintomas, antes, durante ou depois do Carnaval, a orientação é buscar atendimento médico na unidade de saúde mais próxima.

Mononucleose: Essa infecção é popularmente chamada de “doença do beijo”. O vírus é passado através da saliva, que está presente em beijos, mas também pode estar em itens compartilhados como copos, talheres e até mesmo cigarros.

Sífilis: Caudada por uma bactéria, pode aparecer em diferentes áreas do corpo de uma a duas semanas após a contaminação. Indivíduos sem sintomas podem, no entanto, podem transmitir a sífilis, especialmente no primeiro ano após a infecção.

Herpes labial:  É uma infecção viral que provoca o surgimento de pequenas bolhas ou vesículas nos lábios. As feridas persistem por um período de 5 a 7 dias. Além disso, é comum que elas provoquem coceira, queimação e até sensações de formigamento na região da boca.

Hepatite B: O vírus da hepatite B é mais comumente transmitido por relações sexuais sem proteção. Portanto, é essencial usar preservativos e lubrificante, além de realizar testes regularmente.

HPV: O vírus afeta principalmente as mucosas (oral, genital ou anal) em ambos os sexos. A principal forma de transmissão ocorre através de relações sexuais em suas diversas formas, inclusive por mãos ou brinquedos sexuais contaminados. Os sinais mais frequentes incluem as verrugas, conhecidas como condilomas, ou lesões que aparecem apenas na mucosa íntima.

HIV: O vírus é transmitido principalmente pelo contato sexual em relações desprotegidas. Por isso, é recomendado usar camisinha e gel lubrificante, além de fazer testes regularmente. Objetos não cortantes, como utensílios, copos e talheres, ou o uso compartilhado de banheiros não representam risco. Pessoas vivendo com HIV que seguem o tratamento e estão com carga viral indetectável não transmitem o vírus.

No caso do HIV, caso uma pessoa tenha qualquer tipo de relação sexual sem preservativo, consentida ou não, durante o Carnaval, é recomendado usar a Profilaxia Pós-Exposição. A PEP é uma intervenção urgente que utiliza medicamentos para reduzir a probabilidade de adquirir o HIV e outras IST. O tratamento deve ser iniciado em no máximo 72 horas após a relação, seguindo as recomendações médicas por um período de 28 dias para evitar a infecção. Encontre as unidades de saúde que oferecem a PEP no site do Ministério da Saúde, do Governo do seu estado ou da Prefeitura de seu município; ou ainda no Disque Saúde 136.