AHF Brasil é recebida pelo ministro da Saúde

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Guilherme

A diretora do programa médico global da Aids Healthcare Foundation (AHF), a brasileira Adele Benzaken, e o diretor da AHF Brasil, Beto de Jesus, foram recebidos em Brasília pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. No encontro, realizado no dia 30 de abril, os representantes reafirmaram o compromisso da instituição com o Sistema Único de Saúde. Também esteve presente na reunião a gerente de Advocacy da AHF Brasil, Juliana Givisiez.

A AHF Brasil presta atendimento a mais de 80 mil pacientes em 33 serviços públicos de saúde, fruto de parceria com gestores públicos ou universidades de cinco estados: São Paulo, Pernambuco, Amazonas, Rio Grande do Sul e Pará. Além disso, a AHF mantém duas unidades 100% gratuitas no país, a Clínica do Homem do Recife e a Clínica Comunitária de Saúde Sexual, em São Paulo.

“Reforçamos com o ministro a necessidade de ajudar e conscientizar a população indígena sobre a prevenção do HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis. Isso inclui enfrentar as barreiras que impedem o diagnóstico e o acesso a tratamentos oportunos, assim como os desafios par ampliar a adesão à terapia antirretroviral”, disse Beto de Jesus.

A equipe informou ao ministro os planos da AHF Brasil para ampliar a atuação em Canoas (RS). O município da Região Metropolitana de Porto Alegra tem indicadores epidemiológicos de HIV/Aids entre os mais altos do país.

Padilha, que também foi ministro da Saúde entre 2011 e 2014, é médico infectologista e tem um histórico de trabalho e envolvimento com as comunidades indígenas e o enfrentamento do HIV/aids e das ISTs. Como deputado federal, coordenou a Frente Parlamentar Mista de IST, HIV/AIDS e Hepatites Virais.

Outro ponto importante que a AHF Brasil destacou para o ministro foi a necessidade de garantir o acesso ao lenacapavir, medicamento injetável que previne 99,9% das infecções pelo HIV.

Em declarações no fim de 2024, o médico sanitarista e epidemiologista Draurio Barreira, afirmou que o custo do tratamento com duas doses anuais pode chegar a mais de US$ 44 mil por pessoa. “Isso é inviável, afundaria o SUS”, disse Barreira, que é diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e ISTs do Ministério da Saúde.

A expectativa, conforme divulgado pela imprensa, é que o lenacapavir seja submetido à avaliação das agências regulatórias (como Anvisa no Brasil, FDA nos Estados Unidos e EMA na Europa) e esteja liberado para uso em larga escala a partir de 2026.