De acordo com dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, analisados e compilados pelo Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas (CEEP), da Fundação Ceperj, 51.198 mulheres foram agredidas fisicamente, apenas no primeiro semestre de 2022.
Só até 21 de junho deste ano, somaram-se 40.025 denúncias e 200.914 violações de direitos humanos nas duas categorias referentes à mulher: “Outras violências contra a mulher” e “violência doméstica e familiar contra a mulher”. Dessas violações, 85.668 aconteceram na casa na qual residem a vítima e o suspeito.
A presidente da Comissão da Mulher, Noelma Faria, conta que a violência pode ser prevenida. Segundo ela, existe um ciclo já estudado capaz de ajudar a mulher a ficar atenta para tomar as iniciativas cabíveis. Tudo é descrito com detalhes na cartilha reeditada pela Comissão da Mulher.
O ciclo é composto por três fases, de forma resumida, a primeira é a criação de tensão, o homem demonstra nervosismo, aumenta o tom de voz e faz xingamentos ao se dirigir à mulher; a segunda é a explosão, onde em decorrência da raiva desproporcional, ele ataca a vítima com ameaças e agressões; a terceira fase é a lua de mel, o homem se mostra arrependido, presenteia a mulher, pede desculpas e diz que não irá mais ser agressivo, porém, geralmente, o arrependimento é apenas momentâneo”, explica Noelma Faria.
Quanto ao tipo de delito, verificou-se que 186.709 comprometeram a integridade da vítima, das quais à integridade psíquica aparece em primeiro lugar, com 129.682 violações, e à integridade física em segundo lugar, com 51.198 violações.
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