No dia 15 de agosto, comemora-se o Dia da Gestante, uma data dedicada à atenção e aos cuidados que toda grávida deve ter para garantir uma gestação saudável. Os exames de pré-natal são fundamentais nesse processo, pois as consultas desempenham um papel muito importante na saúde do bebê.
Durante a gestação e o parto, pode ocorrer a transmissão do HIV (vírus causador da AIDS), da sífilis e da hepatite B para o recém-nascido. O HIV também pode ser transmitido durante a amamentação. Portanto, é essencial que as gestantes realizem testes para HIV, sífilis e hepatites durante o pré-natal e no momento do parto. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado asseguram o nascimento saudável do bebê.
De acordo com as orientações do Ministério da Saúde, as gestantes devem realizar, nos três primeiros meses de gestação, os testes para HIV, sífilis e hepatites. Nos três últimos meses, recomenda-se repetir os exames de HIV e sífilis. Em caso de exposição a risco ou violência sexual, as gestantes devem realizar os testes imediatamente. Importante: testes para HIV e sífilis devem ser realizados novamente no momento do parto, independentemente de exames anteriores. O teste para hepatite B também deve ser feito no parto, caso a gestante não tenha recebido a vacina.
As gestantes diagnosticadas com HIV durante o pré-natal devem iniciar o tratamento com medicamentos antirretrovirais durante toda a gestação e, se orientadas pelo médico, também no momento do parto. Esse tratamento previne a transmissão vertical do HIV para a criança. O recém-nascido deve receber o medicamento antirretroviral (em forma de xarope) e ser acompanhado por um serviço de saúde. Além disso, recomenda-se que a mãe não amamente, a fim de evitar a transmissão do HIV pelo leite materno.
As mulheres que recebem diagnóstico negativo para HIV durante o pré-natal ou no parto devem utilizar preservativos (masculinos ou femininos) nas relações sexuais, inclusive durante o período de amamentação, para prevenir infecções e garantir o crescimento saudável do bebê.
As gestantes diagnosticadas com sífilis devem iniciar imediatamente o tratamento com penicilina benzatina, conforme orientação médica. A sífilis congênita é prevenida quando a gestante infectada é tratada adequadamente. A infecção na gestação pode levar a consequências graves, como aborto, natimorto, parto prematuro, morte neonatal e manifestações congênitas precoces ou tardias.
Para evitar a reinfecção, os parceiros ou parceiras sexuais também são testados e tratados, caso o resultado seja positivo.
No caso da hepatite B, as gestantes que são portadoras crônicas da doença devem receber tratamento preventivo durante a gestação. Além disso, quando necessário, o recém-nascido exposto também deve receber tratamento para impedir a transmissão vertical da hepatite B.
Em 2019, o conteúdo sobre a Prevenção da Transmissão Vertical da Sífilis foi atualizado para abordar de forma mais específica as gestantes, enfatizando a importância do diagnóstico e tratamento dos parceiros sexuais, além da acompanhamento e manejo da criança exposta.
Com informações do Ministério da Saúde.
