A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum.
A sífilis apresenta várias manifestações clínicas e diferentes estágios: primário, secundário, latente e terciário. Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada ou durante a gestação e o parto. A infecção não coloca em risco apenas a saúde do adulto, mas também pode ser transmitida durante a gestação, o que destaca a importância do acompanhamento das gestantes e de suas parcerias sexuais durante o pré-natal. A sífilis terciária é o estágio mais grave da doença e, se não houver tratamento adequado, pode causar complicações sérias, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar ao óbito.
A forma primária da infecção aparece em até três meses após o contágio, geralmente como uma ferida única no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele). Essa lesão, chamada de “cancro duro”, é indolor, mas pode apresentar ínguas na virilha do infectado. Nesse estágio, a ferida tende a desaparecer sozinha.
No segundo estágio da doença, os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses após o surgimento e cicatrização da ferida inicial. Podem surgir manchas em algumas partes do corpo que não coçam e desaparecem em algumas semanas. Ao contrário da sífilis primária, a secundária pode apresentar febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. A sífilis terciária é a forma mais grave da infecção, podendo apresentar lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, com possíveis consequências fatais. Essa fase pode surgir até quarenta anos após a infecção. Há também a fase assintomática, que pode ocorrer em até um ano ou mais, com duração variável, podendo apresentar sintomas das formas secundária ou terciária da infecção.
Os diagnósticos são obtidos por meio de testes rápidos disponíveis pelo SUS. Caso a infecção seja comprovada, o paciente será encaminhado para tratamento, que é realizado com Benzetacil. Quando a sífilis é detectada em gestantes, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, utilizando penicilina benzatina, o único medicamento capaz de prevenir a transmissão vertical da doença para o bebê. Os parceiros sexuais também devem seguir o tratamento.
Devido aos estágios da infecção, algumas pessoas podem ter sífilis e não saber. Por isso, o presidente da AHF Brasil, Beto de Jesus, ressalta que a forma mais eficaz de prevenção é o uso do preservativo. “Todo mundo que tem vida sexual ativa deve fazer o teste regularmente e usar sempre camisinha para se prevenir”.
Para saber mais sobre a sífilis, testes, diagnósticos e tratamentos, procure a unidade de saúde mais próxima ou uma de nossas clínicas. Em São Paulo, a Clínica Comunitária de Saúde Sexual, localizada na Rua Pedro Américo, 52 – Praça da República, está aberta de segunda a sexta (exceto feriados), das 11h30 às 18h30. Em Recife, a Clínica do Homem, situada no bairro da Soledade, na Rua Osvaldo Cruz, 342, atende de segunda a sexta (exceto feriados), das 13h30 às 19h30.
Com informações do Ministério da Saúde e da Agência Brasil.